Sento-me aqui depois de um pequeno passeio para tentar descontrair de todas as coisas que se têm passado ultimamente e decidi, vir aqui falar um pouco, dizendo coisas certas que acabam por ser incertas sendo que nada nesta vida é certo ou concreto, porque é que eu haveria de o ser?

O mês de janeiro é sempre o mais complicado e stressante para quem está na universidade (só quem está nela entende). Acreditem no que vos digo, é muita coisa a estudar, muito a assimilar e muitas frequências provavelmente umas seguidas às outras. Porém, se fosse só esse o nosso problema, estávamos nós até muito “bem”.

Toda a gente tem problemas, sentimentos e quedas. Provavelmente uns têm mais que outros ou vice-versa. E o que é mais preciso nestes momentos, é a compreensão. 

Compreensão que acaba por não ser assistida nas horas em que se chama o 112. E muitas das amizades morrem sem se saber o porquê. Mas eu explico tudo em 3 segundos. (1) não lês isto em 3 segundos, (2) ficaste sem entender o porquê de ter dito isto, e por ultimo (3) as amizades morrem por não haver compreensão, porque sem compreensão, morre a amizade porque morre a confiança de alguém para alguém… e uma vez que morre a confiança em segundos, demora-se anos para a conquistar, ou provavelmente uma vida inteira. 

Divaguei muito desde o inicio de cada palavra que escrevi, isto de vir a pensar em todas as palavras a cada passo a passo a vir para casa e mal entro nela, é como se as palavras que pensei, ficassem todas lá fora e mesmo que as tente apanhar, já não vou a tempo, estas voaram com o vento. 

E trata-se exatamente disso, eu não estou aí para te ver na rua a passar, nem a observar-te a toda a hora para ter a certeza que tudo o que disseste foi verdadeiro, porque não posso, e agora muito menos quero. Uma vez que tomo decisões concretas, acabou-se. Não há volta a dar. Posso até estar a morrer de ti, mas não irás saber. Porque, mais uma vez, irás conhecer mais profundamente o meu lado mais congelado que existe. Foste tu que fizeste por querer conhecer, não me digas que não. Ambos sabemos que é verdade. 

A vida só me mostra cada vez mais que é um pleno cigarro que dura anos, em cada momento passado só restam cinzas, e nelas, as saudades. Curioso é que temos saudades de algum momento na nossa vida, mas as cinzas não se poderão reacender novamente, porque o momento já passou e acabou-se. Fim da história e começo de outra. As coisas mudam de figura num ápice. Ponto final, parágrafo. 

Siga adiante.